Dia 26 é Dilma 13! |
Dia 26 de Outubro nós,
brasileiros iremos às urnas para decidir quem governará o país pelos próximos 4
anos. Nesse sentido, é importante ter em mente uma clara reflexão sobre o que
isso significa e tudo que está em jogo, ainda mais quando nos referimos sobre
nossa vivência na UFRPE, espaços onde, em tese, o debate político e a produção
de uma opinião deve ser sempre estimulada, debatida, colocada para uma concreta
avaliação.
Nós, estudantes da
UFRPE, militantes do movimento estudantil brasileiro, oriundos das diversas
regiões de nosso estado e país, após debates e colocações, definimos declarar
nosso apoio a candidatura de Dilma nesse segundo turno. E eis alguns dos motivos
que foram levados em consideração:
1) Aécio Neves
Representa um retrocesso diante das conquistas desses últimos anos, inegáveis
até para eles mesmos do PSDB e de outras correntes políticas de nosso país;
2) o voto nulo, como
vem sendo colocado por determinados seguimentos do Movimento estudantil,
sindical e por alguns partidos ditos de esquerda, não representa avanço; ao contrario,
fortalece a direita que está representada na figura do tucano Aécio Neves, que
se fortalece com essa propaganda da critica pela crítica, algumas buscando
apenas marcar espaço;
3) o que está em jogo,
de fato, não é a velha disputa PT X PSDB, ou a escolha do “menos corrupto”,
“menos Pior” nem tão pouco o momento do “pior do que não fica”. Na verdade são
dois projetos de governo diferente em suas essenciais, deixando evidente a luta
de classes nesse segundo turno, o que não era tão claro para a grande população no primeiro turno, sobretudo pela quantidade de candidatos (11 ao todo).
4) a política de
meritocracia, de enxugar a máquina, entre outras, deixa claro como o PSDB pretende conduzir o país (apesar do
discurso politicamente correto do Aécio, meramente midiático): a criação do
PROER (programa de ajuda aos banqueiros, que destinou R$119,3 Bilhões dos
cofres públicos) e as privatizações da Vale do Rio Doce, Cia. Siderúrgica Nacional e tantas outras deixa muito claro a intenção que o PSDB tem à frente
do país.
5) Armínio Fraga,
Banqueiro indicado pelo PSDB como Ministro da Fazenda, caso o tucano vença,
deixou claro sua posição quando perguntado pelo baixo crescimento do PIB: “A
causa é a alta do salário Mínimo e juros baixos”.
Na educação não é
diferente: as expansões do ensino superior representaram um grande avanço na
democratização do ensino superior, além de gerar emprego e desenvolvimento nas
regiões. Em Serra Talhada, onde a UFRPE possui uma unidade acadêmica, ela se
tornou a principal fonte pagadora da cidade e uma das principais da região.
Coisa que seria impossível num governo tucano, com sua política meritocrata e
voltada para os grandes centros econômicos do país como sul e sudeste. Isso não
significa dizer que esquecemos das limitações e dificuldades que foram
colocadas durante o governo Dilma, nem tão pouco, isso quer dizer que
deixaremos de lado nossa colocação crítica no andamento das políticas
públicas voltadas para a educação superior no Brasil. Porém, a democracia
sugere participação, e num momento como esse nada ajuda o mero esquerdismo ou a
neutralidade no processo. Foi assim que entregamos em mãos da Dilma uma carta
denunciando a situação das obras paradas na unidade de Serra Talhada, ou quando
uma comissão da UAG foi recebida pelo MEC quando a presidência foi até
Garanhuns e não iremos deixar de nos colocar ao lado dos estudantes, fazendo
uma análise real, concreta, dos avanços e dos equívocos de qualquer governos, e
isso nos diz respeito diretamente, sobretudo quando se tem um governo aberto
para o diálogo (governo do PT, apesar de suas limitações) o que difere de uma política pautada pela
repressão dos movimentos sociais (PSDB).
Por isso, convidados a
todos os estudantes da UFRPE a fazerem uma profunda reflexão sobre essa enorme
responsabilidade que nos é posta para esse próximo domingo dia 26. Nas
manifestações de junho do ano passado ficou claro o desejo de mudança de nossa
juventude, e essa motivação passa diretamente pela participação, pela militância, dentro e fora das universidades. Ou seja, não basta apenas criticar
ou se abster, é preciso construir a universidades que queremos. Por isso sempre
pautamos a importância da construção dos diretórios e centros acadêmicos, a
ativa participação do DCE e a divulgação de todo o tipo de informação relativo a
nossa vida enquanto instituição.
Por tanto, vamos em
frente!
Em Serra Talhada os estudantes conseguiram entregar uma carta-denuncia a presidente Dilma, ato que repercutiu nacionalmente devido aos problemas de estrutura na unidade |
Dia 26 é Dilma!
Pelo avanço ainda maior
de uma universidade pública, gratuita e de qualidade!
Coordenação do
Movimento Resistência UFRPE