Se a vida acadêmica já
é difícil (uma luta antes, durante e depois do vestibular) imagine receber a
notícia de que a sua bolsa de assistência estudantil foi cortada sem lhe
avisarem? Foi exatamente isso que ocorreu na Unidade Acadêmica de Serra Talhada
da UFRPE (UAST). No ultimo dia 12 de Maio de 2014 os estudantes bolsista foram
ao banco, como de costume, para retirarem a respectiva ajuda de custo ofertada
pela Pró-Reitoria de Gestão Estudantil (PROGEST), porém, para a surpresa de
vários bolsistas o dinheiro relativo ao mês de maio não estava disponível. O motivo:
atrasos e cortes de bolsas.
O que chamou atenção e
causou indignação oi que, segundo os estudantes algumas bolsas teriam sido
cortadas pela PROGEST, porém os estudantes não receberam nenhum tipo de aviso,
informação ou comentário por parte da Pró-Reitoria sobre o ocorrido. Ao procurar
o setor responsável na unidade os estudantes teriam recebido os esclarecimentos
que “algumas bolsas teriam sido cortadas por conta da quantidade de reprovações
ou tempo para concluir seu curso”.
O que não ficou claro
foi o real motivo para o ocorrido. Se a função das bolsas é “manter” o
estudante no curso por que cortar a bolsa quando se chega no meio da graduação?
Ou mesmo, como estabelecer o critério de “meritocracia” para continuar a
receber as bolsas? Se reprovar nas cadeiras é motivo para ter as bolsas
cortadas todo estudante que pagar Calculo 1 e 2, Hidráulica, Programação ou Agrometeorologia
será um forte candidato a ficar de fora desse processo.
Sabemos que as
dificuldades no dia a dia da universidade não são apenas acadêmicas. O fato de
não termos um Restaurante Universitário não dificulta nossa vida acadêmica? Como
é que um estudante que vem de outra cidade, paga um transporte caro mensalmente
para vir até o campus, e passa o dia inteiro em uma instituição que não oferece
uma estrutura adequada para melhor recebe-lo vai se manter, sobretudo com uma
quantidade insuficiente de bolsas (40 bolsas de apoio, 40 de transporte e 40 de
alimentação para esse semestre, segundo o edital da PROGEST em seu site) sendo
que hoje a quantidade de estudantes carentes só aumentou?
Se missão da
Pró-Reitoria é “promover ações que visam garantir a permanência do estudante” (segundo a resolução N° 1 de 2013 – Plano de Desenvolvimento Institucional
2013-2020- disponível na internet) está certo cortar as bolsas sem avisar
previamente, reunindo com os estudantes ou ventilando a informação? O fato é que a quantidade de estudantes
carentes, como exige a resolução (1,5 salário mínimo por família, a chamada “vulnerabilidade
econômica”), e esses mesmos estudantes pagam aluguel, pagam transporte,
utilizam, na sua grande maioria, bolsas destinadas à alimentação, por exemplo,
para pagar a manutenção do próprio curso na universidade, que é pública, mas
não é gratuita.
Dessa forma o movimento
Resistência e a União dos Estudantes de Pernambuco (UEP) vem convocar a todos
os estudantes que lutam por uma assistência estudantil de qualidade, e uma
formação acadêmica digna, para se levantar contra essa situação e exigir:
1) Explicação
por parte da PROGEST os devidos esclarecimentos sobre a situação dos cortes,
como também dos últimos atrasos das bolsas na UAST;
2) Pela
imediata regulação das bolsas que foram cortadas, bem como explicação do por
que não avisarem aos estudantes sobre o corte;
3) Aumento
do numero de bolsas na UFRPE.
"Se tem dinheiro pra
copa?
Tem que ter dinheiro para a assistência
estudantil e para educação!"
Se
sua bolsa foi cortada ou está sofrendo atraso entre em contato com o Movimento
Resistência:
UAST: Islene
(87)96161296
UAG: Isadora
(87)98016244
SEDE: Camila (81)97161721
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