terça-feira, 13 de maio de 2014

Estudantes se Mobilizam Contra Cortes nas Bolsas da PROGEST



 
Apenas 340 bolsas entre Trasnporte, Alimentação e Apoio Acadêmico para toda a UFRPE

Se a vida acadêmica já é difícil (uma luta antes, durante e depois do vestibular) imagine receber a notícia de que a sua bolsa de assistência estudantil foi cortada sem lhe avisarem? Foi exatamente isso que ocorreu na Unidade Acadêmica de Serra Talhada da UFRPE (UAST). No ultimo dia 12 de Maio de 2014 os estudantes bolsista foram ao banco, como de costume, para retirarem a respectiva ajuda de custo ofertada pela Pró-Reitoria de Gestão Estudantil (PROGEST), porém, para a surpresa de vários bolsistas o dinheiro relativo ao mês de maio não estava disponível. O motivo: atrasos e cortes de bolsas.
O que chamou atenção e causou indignação oi que, segundo os estudantes algumas bolsas teriam sido cortadas pela PROGEST, porém os estudantes não receberam nenhum tipo de aviso, informação ou comentário por parte da Pró-Reitoria sobre o ocorrido. Ao procurar o setor responsável na unidade os estudantes teriam recebido os esclarecimentos que “algumas bolsas teriam sido cortadas por conta da quantidade de reprovações ou tempo para concluir seu curso”.
O que não ficou claro foi o real motivo para o ocorrido. Se a função das bolsas é “manter” o estudante no curso por que cortar a bolsa quando se chega no meio da graduação? Ou mesmo, como estabelecer o critério de “meritocracia” para continuar a receber as bolsas? Se reprovar nas cadeiras é motivo para ter as bolsas cortadas todo estudante que pagar Calculo 1 e 2, Hidráulica, Programação ou Agrometeorologia será um forte candidato a ficar de fora desse processo.
Sabemos que as dificuldades no dia a dia da universidade não são apenas acadêmicas. O fato de não termos um Restaurante Universitário não dificulta nossa vida acadêmica? Como é que um estudante que vem de outra cidade, paga um transporte caro mensalmente para vir até o campus, e passa o dia inteiro em uma instituição que não oferece uma estrutura adequada para melhor recebe-lo vai se manter, sobretudo com uma quantidade insuficiente de bolsas (40 bolsas de apoio, 40 de transporte e 40 de alimentação para esse semestre, segundo o edital da PROGEST em seu site) sendo que hoje a quantidade de estudantes carentes só aumentou?
Se missão da Pró-Reitoria é “promover ações que visam garantir a permanência do estudante” (segundo a resolução N° 1 de 2013 – Plano de Desenvolvimento Institucional 2013-2020- disponível na internet) está certo cortar as bolsas sem avisar previamente, reunindo com os estudantes ou ventilando a informação?    O fato é que a quantidade de estudantes carentes, como exige a resolução (1,5 salário mínimo por família, a chamada “vulnerabilidade econômica”), e esses mesmos estudantes pagam aluguel, pagam transporte, utilizam, na sua grande maioria, bolsas destinadas à alimentação, por exemplo, para pagar a manutenção do próprio curso na universidade, que é pública, mas não é gratuita.
Dessa forma o movimento Resistência e a União dos Estudantes de Pernambuco (UEP) vem convocar a todos os estudantes que lutam por uma assistência estudantil de qualidade, e uma formação acadêmica digna, para se levantar contra essa situação e exigir:


1)      Explicação por parte da PROGEST os devidos esclarecimentos sobre a situação dos cortes, como também dos últimos atrasos das bolsas na UAST;
2)      Pela imediata regulação das bolsas que foram cortadas, bem como explicação do por que não avisarem aos estudantes sobre o corte;
3)      Aumento do numero de bolsas na UFRPE.




                                 "Se tem dinheiro pra copa?
 Tem que ter dinheiro para a assistência estudantil e para educação!"








         Se sua bolsa foi cortada ou está sofrendo atraso entre em contato com o Movimento Resistência: 

                                     UAST: Islene (87)96161296
                                     UAG: Isadora (87)98016244
                                     SEDE: Camila (81)97161721

quinta-feira, 8 de maio de 2014

CEB na UFRPE é Marcado Por Avaliação Negativa da Gestão "Mais Vale o que Será"

CEB foi marcado pela participação dos Diretórios Acadêmicos, apesar  de não haver uma boa divulgação


Dia 8 de Maio de 2014 ocorreu na sede da UFRPE em Recife um Conselho de Entidade de Base (CEB) convocado pelo DCE-UFRPE (gestão Mais Vale o que Será). Na pauta os informes gerais, o debate sobre conjuntura, eleição do DCE e prestação de contas da gestão. Tudo estaria bem, não fosse o fato do CEB não ter conseguido aprovar absolutamente nada, além de uma nova data para outro CEB, mesmo com a possível condição de haver uma greve por parte dos docentes da UFRPE.  
O fato é que, logo de início, a mesa organizadora do conselho, burlando a pauta aprovada pelos 20 DAs presentes ao evento entre a sede, UAG e UAST, colocou no ponto de conjuntura a proposta de PRORROGAR a gestão do DCE por mais seis meses sem haver tido o espaço para a avaliação da atual gestão pelos Diretórios presentes. Além disso, a falta de condução nos trabalhos bem como a imposição da mesa, não abrindo espaço para o plenário colocar as suas propostas e encaminhamentos marcaram toda a reunião.
Para Rita silva, presidente do DA de Letras da UAST “fazer um CEB sem a participação do interior é algo inaceitável”, questionou sobre o fato dos Diretórios de Garanhuns e Serra Talhada não terem sido convocados. Já a vice presidente do DA de Medicina Veterinária da UAG, Meri Rodrigues, “simplesmente não foi levada em consideração a necessidade de se fazer lutas em toda a universidade por parte da atual gestão do DCE”. Para ela a postura da atual diretoria se limitou a fazer uma meia autocrítica por simplesmente não ter feito nenhuma luta específica nas duas unidades do interior, indo apenas nas aulas magnas da UFRPE.
Mesmo com a proibição por parte da mesa de avaliar a gestão do grupo “Mais Vale o que Será” o movimento Resistência levantou a questão. A falta de prestação de contas, a ida ao interior, o não cumprimento das propostas levantadas durante a ultima campanha e o fato de, se quer, haver representação nos conselhos superiores da UFRPE por parte do DCE foram duvidas colocadas na mesa para serem respondidas.
No fim das contas a gestão assumiu a debilidade as frentes do DCE, alegando não ter gente suficiente no interior para tocar as lutas da entidade ou simplesmente fugiam do assunto quando eram questionados. Após várias falas dos estudantes o horário não permitiu sequer concluir o primeiro ponto da pauta, tendo sido aprovada uma nova data para um novo CEB (10 de Junho).  Hoje o DCE se encontra em um estado de paralisia, longe dos estudantes e das pautas do movimento estudantil, como p corte da gratuidade do RU da sede, os preços exorbitantes da alimentação na cantina da UAG ou a proibição de venda de lanches na UAST (que não possui RU nem cantina).



                    Definitivamente a gestão “Mais Vale o que Será” não foi!






 O próximo CEB foi marcado para o dia 10 de junho, na sede da UFRPE.