domingo, 24 de novembro de 2013

Movimento Resistência e UEP recepcionam calouros na UFRPE e denuncia: enquanto o governo entregam nossas riquezas, milhões de jovens não conseguem cursar o ensino superior.

Foi com espirito de Rebeldia, conscientização política e muita alegria que os calouros da UFRPE, campus SEDE em Recife foram recepcionados pelo movimento Resistência e a União dos Estudantes de Pernambuco, no dia 21 de outubro, mesmo dia em que ocorreu o leilão do Campo de Libra. Os calouros mostraram toda felicidade por ter começado uma nova fase rumo à tão esperada carreira profissional, mas, também, compartilharam da indignação quanto à desvalorização e mercantilização da educação em nosso país e a privatização do nosso petróleo. O movimento Resistência e a UEP – Cândido Pinto, parabenizaram os calouros da melhor maneira possível, fazendo a denuncia quanto à privatização das nossas riquezas e convocando todos os estudantes a construírem as lutas por uma Universidade pública, gratuita e de qualidade aberta para o povo. Não é justo que um país com a 6º maior economia do mundo e com extensão continental, possua pouco mais de 60 universidades federais e que todos os anos milhares de jovens deixem de entrar nas universidades e que centenas abandonem seus cursos a cada semestre, por não terem políticas eficazes de permanência.

Camila Falcão, estudante de história - SEDE. vice-presidente RMR - UEP

O ensino superior em nosso País, infelizmente, ainda é privilégio de poucos. Milhões de jovens todos os anos deixam de entrar na Universidade e assim, interrompem seus sonhos. Com mais de 7,1 milhões de inscritos no ENEM 2013, e com uma média de apenas 1,1 milhões de jovens que conseguem vaga no ensino superior, sendo - 500 mil vagas pelo Programa Universidade para Todos (Prouni), 300 mil pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e 300 mil nas universidades federais - representando pouco mais de 15% dos inscritos no Enem que terão acesso aos cursos superiores.
Em contra partida, todos os anos o Governo Federal gasta cerca de 42% de todo seu orçamento para pagar uma dívida pública que já não existe, gasta milhões na construção de estádios de futebol para uso da FIFA. Privatiza bens do povo brasileiro em favor dos grandes monopólios Norte-americanos e Europeus, chegando a leiloar mais uma de nossas riquezas, o Campo de Libras na Bacia de Santos. A maior reserva do pré-sal do País, que chegará a produzir 1,4 milhões de barris de petróleo por dia.

Com tudo, o povo brasileiro é quem sofre as consequências desses danos. A juventude mostrou durante o mês de junho e julho deste ano que deseja um país mais justo, verdadeiramente democrático. Queremos um Brasil que valorize a educação, que coloque os anseios do povo em prioridade, e que a juventude, o trabalhador, a mulher não precisem mais escolher entre realizar seus sonhos e encarar uma vida de sacrifícios e exploração. A universidade deve ser aberta para o filho do trabalhador, garantir que o jovem ingresse no ensino superior sem ter que passar por processos seletivos injustos que distanciam do povo o acesso à universidade pública. Só na luta é que vamos garantir nossos anseios, pois só conquista quem luta!

Nenhum comentário:

Postar um comentário